sábado, 12 de abril de 2008

2ª fase

Semana que vem devo começar a 2ª fase deste blog orkutiano, com o mesmo mecanismo de envio a cada dez ou doze dias, nos scrapbooks dos adicionados. O que muda agora é a estrutura dos próprios textos, que receberá um afrouxamento de regras, uma flexibilização do caráter epistolar exigido no 'gênero' escrepo-conto (conto em forma de scrap). Menos trama, menos desfecho anedótico, como foi marca de vários dos 17 feitos no ano passado, para abrir campo para algo mais na imagem e na climatização.
Espero que a literaturice ainda seja bem-chegada. ;)

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Terminou-se (uma farsa)

O blog do escrepo se fecha. Não paguei aluguel. A energia já tava cortada. A água aos pingos. Vou pra outro estabelecimento e daqui a pouco aviso qual. Boto placa, porta dos fundos, mocinha recepcionista com 1,20m de perna e um outro sujeito disfarçado como aquele de quem lhe falei.
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#17 - 12/02/2008

Está enganada. Eu não me apaixono por ninguém, é só alguém que se aproveita da paixão que tenho sempre.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

#16 - 29/01/2008

Não, pergunte a si mesma, melhor, pergunte a si mesma se apontando no espelho, que fica tudo mais sincero, ninguém mente para alguém de quem não conseguirá se livrar: pra quê essa hostilidade? Vamos, diga: pra quê essa hostilidade? Foi só uma perguntinha estatística, saber se naquele dia do porre fomos ou não fomos. Um homem pode se ceder o direito a algo excêntrico no finzinho da vida, eu vi a vida toda, eu sei, eu conheço. Meu câncer já vai corroendo, o testamento pronto, o pranto pronto na gente da casa, as confissões feitas para aqueles que fingiram entender meus erros antigos. Só me faltam fechar as escrituras da lápide e já posso fechar os olhos de vez. E, sabe, eu quero que me aconteça o epitáfio bonito que imagino, o contar de vantagem à posteridade. Daqui a dez, a vinte anos, que dêem risadelas na visita do meu túmulo, que uma moça de lábios carnudos, saia no vento, decote levanta-morto, fique injuriada com o mundo por um homem desses terem levado, um homem que "amou a vida, os filhos e 1512 mulheres". Ou 1513, hein, Elizabeth?