quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

#15 - 08/12/2007

(nome do usuário), (cara/moça/velho/mestre/ bicho), semana passada um Moisés Broise me adicionou cá no escrepo. Felicitou o trambolho, e eu agradeci com esse meu falatório que nunca sabe como se diz, indiquei o link do depósito e tal. Ele falou que já conhecia tudo, andava com tempo pra ler, fuçava mesmo o que tivesse de se fuçar com literatura botada no meio. E como toda gente do naipe, escrevia. Me mandou um conto em três partes sobre um cara que acorda no acostamento de uma rodovia, se pergunta "como vim?", desiste de se perguntar e pega uma carona e vai embora. Me pus no scrapbook dele pra comentar. Fiquei olhando a tela, caçando as palavras, nada. Fui ver se encontrava alguma nas palavras dos outros. Li as primeiras da lista: “Sem vc é tudo mais difícil por aqui. Fique em paz”. As segundas: “Até qualquer dia, meu amigo”. No Google, a quem recorri na mesma hora, atropelando as teclas, a pesquisa sobre Moisés Broise revelou um passante em Letras da UNB e uma vítima de um desastre, em agosto de 2007, numa estrada do Distrito Federal.




------------------------------------------------------------------- É o que eu buscava como linguagem de encaixe para a literatura orkutiana. Algo meio Borges, em que para cada leitor, evocado pelo próprio nome, o texto se distorce de uma forma. Não existe escrepo-conto igual na safra inteira, só esse formato genérico aí de cima. E a velha interjeição de oralidade, o contato próximo demais da realidade, cai melhor no quê epistolar que é o B de bom dessa lorota toda. Massa.


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