sexta-feira, 14 de setembro de 2007

#2 - 16/06/07

Camelo, lê cá teu siamês de música & turnê: vamos anunciar um fim-de-banda. Fingido, claro. Tenho uma idéia pro quinto álbum e sei que, pra funcionar, precisaremos reter um tempo vastíssimo e eliminar pressões. Cê vai concodar, cara.
Imagine só um disco com uma única trilha. É, um troço lá de seus dez minutos, que, a cada vez que alguém escutasse, se modificaria. Da primeira vez, por exemplo, se repararia um baixo acompanhando os metais, só que na segunda já se estaria ouvindo um baixo imitando a guitarra. Na terceira, o baixo solando isolado. Quarta vez! Os metais entravam no primeiro minuto, sozinhos e cibernéticos. Mas na quinta vez, não haveria metais. Na sexta, uma guitarra em wah-wah, na sétima, a orquestra de São Paulo. E em outro exemplar do disco, a terceira vez seria a quadragésima, a primeira seria a quinta, a quarta seria a centésima primeira. E quando todas as possibilidades terminassem, a música se apresentaria por toda. Bastaria apenas alguém concordar em escutar o infinito.

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